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Quatro fatores deram azo a esse projeto:

Primeiro, é no que concerne a nobreza do cidadão, isso é, prover a sociedade o que está a meu alcance de enriquecê-la, contribuindo assim para o desenvolvimento intelectual da mesma, da qual eu dependo, e da qual depende a provisão, de igual maneira, de cada um que a compõe. Isto, li e aprendi de Lélio a Cipião, em "A República" de Cícero, o orador latino.

Segundo, é o entesouramento literário da nossa amada língua, conferindo a voz deste idioma tais obras de considerável repertório cultural. Provendo a dimensão do conhecimento brasileiro, a profundidade em seu juízo. Nisto fui inspirado pelo testemunho do historiador judeu Flavio Josepho, quando em sua "História dos Hebreus" , ao relatar a tradução da Tanak para o Grego, louvou a Deus, pela contribuição da Septuaginta para o idioma helênico.

Terceiro, é o modo a que se preza e valoriza aqueles que com tanta devoção se prestaram a servir, honrando-os, ao mantê-los em memória, perpetuando suas obras entre nós. Homens dignos de nosso crédito, pelo mérito de exercerem com magistral habilidade seus talentos. Que seu exemplo nos inspire para que da mesma forma, ofereçamos a satisfação do que o tempo nos requer. Disso, aprendi de Sócrates, o sábio grego, qual - segundo as palavras de Xenofonte em seu "Apologia" - não deixou de exprimir de onde tomava seu consolo diante da morte, nisto: que após a vida, há gozo em reencontrar aqueles que em vida o proveu de conhecimento.

Quarto, e último, para mim, de maior significância, pois cruza a limítrofe do perpétuo e adentra a dimensão do que é eterno. É o fato de poder oferecer à Igreja, os pensamentos e os testemunhos daqueles que, pelo dom investido, se fizeram necessários a aquilo que orientou o decurso de seu berço e sagrada Igreja. Apontando o que se infere de seus resultados - que Nosso Senhor, nunca deixou de guiá-la, repreendê-la e ensiná-lá. Disso erigiu meu intento, e nisso descansa meu propósito. Pois, há um chamado entre nós que visa a edificação daquela que nos acolhe (Efésios 4:12)

Que sejam vós, que me assistem, testemunhas contra ou a favor de mim no que tange ao comprometimento do que entendo por obrigação. Poder ver, sob esses quatro propósitos, que não faço nem ouso passar a vida em vã, antes, depreendo-me a todo zelo em cumprir o que a dádiva deste tempo me confiou. Isso reconheço, como de igual modo entendo que isso há de exigir o usufruir do que gozo. Não me valer dos recursos em mãos, é negar os fins de minha existência, qual, enfim compreendi, que nasci para encarar. Pois sou cônscio, que aquele que me legou as sementes para semear, voltará, e há de me requerer os frutos da boa terra que me outorgou (Mateus 25:14:30).

Quanto ao sucesso deste empreendimento, creio não consistir no número de vendas, antes, como ensina nas suas "Confissões" o mestre Agostinho, pai dos teólogos - qual confessa ser ensinado pelo Logos, Pai dos mestres - o julgamento se dará sobre a disposição dos frutos, isto é, sobre a sinceridade que se devota a uma obra, não pela existência da dádiva, pois desta, de nós, nunca procedeu, mas sempre foi procedida daquele que tudo nos concedeu!

Eis então, amados irmãos, aos quais devo a vida em servir. Os frutos de meu culto racional (Romanos 12:1)!

Que ressoe, enfim, o eco daquela voz que nos move!